Lanternas ao nirvana

Editora: Record

R$49,90

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Sinopse

Tendo o mundo pandêmico como palco, Lanternas ao nirvana é um livro de vanguarda, que combina narrativa, poesia e texto dramático.
A estreia de Felipe Franco Munhoz, com o livro Mentiras (2016), recebeu comentários, por exemplo, do escritor Raimundo Carrero – “Grande, belo e corajoso livro. Lições de diálogo” – e do poeta e tradutor Paulo Henriques Britto – “Belo trabalho de metaficção”.

A respeito do livro seguinte de Franco Munhoz, Identidades (2018), Caetano Veloso se disse “fascinado”: “Um livro assim pequeno, pensei que fosse ser lido de uma sentada. Mas é poesia – e poesia não é curta se o livro é curto. Nunca encontrei nada parecido dentre as coisas que pessoas jovens me dão para olhar. […] Mesmo as rubricas de indicação de cena são poesia. […] Identidades tem um lugar único na literatura brasileira contemporânea.”

Em 2022, Franco Munhoz transforma, novamente, páginas em palcos – ou palcos em páginas? – para forjar e encenar Lanternas ao nirvana. Entrelaçando poesia e dramaturgia, o autor segue investigando luzes e sombras: incididas tanto nas minúcias do ser humano quanto na expansão da linguagem.

O palco do livro é o mundo pandêmico entre março de 2020 e janeiro de 2021. Cada texto acompanha uma data: indicando o dia exato do início de escrita do texto em questão. O poema “Segundo andar: defronte, estou” abre o livro com certa inocência, com um olhar ingênuo que busca pequenas coisas, detalhes no confinamento; olhar que, de certo modo, não era capaz de compreender a dimensão do futuro próximo.

Ao mesmo tempo que se descortinam, de certo modo, arcos narrativos, e em que aparecem estribilhos e personagens ficcionais, Lanternas ao nirvana também escancara bastidores criativos: elaborados no isolamento social radical de seu autor (isolamento de 312 dias completos, durante a pandemia da Covid-19), cada trecho do livro apresenta a data em que começou a ser escrito – lançando ao leitor a pergunta: houve transformações no estilo e nas ideias influenciadas pelo tempo e pelo próprio confinamento?

Lanternas ao nirvana é um livro fragmentado: cada fragmento se revela tanto peça do quebra-cabeça quanto corpo independente. É possível que seja o mesmo abismo já visitado pelo autor, mas talvez a queda, agora, seja um pouco mais breve e, paradoxalmente, um pouco mais profunda.

 

“‘Parêntesis’ [parte de Lanternas ao nirvana] é estupendo. Tão vívido e visual. Lê-se feito um filme na mente.” – Liz Calder

“Diálogo na caverna da quarentena ao som de Miles Davis, ‘Parêntesis’ é escarpado – com a opacidade característica dos textos de Felipe Franco Munhoz, que sempre nos deixam atordoados.” – Manuel da Costa Pinto

“Lê-se à maneira de Deception, de Philip Roth: com a diferença de que é sobre amor verdadeiro; e as referências intertextuais com Miles Davis e Platão fazem com que a leitura seja uma espécie de caça ao tesouro. Tão poético quanto filosófico, ‘Parêntesis’ poderia ser lido, também, como um longo poema bem-sucedido.” – Aimee Pozorski

“‘Até que a noite’ [parte de Lanternas ao nirvana] não é só um lindo poema, é uma profecia arrepiante.” – José Castello

Sobre o autor

Felipe Franco Munhoz
Felipe Franco Munhoz

Felipe Franco Munhoz nasceu em São Paulo, em 1990. É autor dos livros Mentiras e Identidades. Parte deste Lanternas ao nirvana, o texto “Parêntesis” foi registrado em performance audiovisual homônima: o curta-metragem, dirigido por Natália Lage, com trilha sonora original de André Mehmari, lançado em 2021 no 16º Festival Audiovisual Comunicurtas, em Campina Grande, foi selecionado para ser exibido no CICA Museum, na Coreia do Sul, além de ter sido selecionado ou premiado em festivais de países como Itália, Turquia e Nepal.

Características

  • Altura: 20.5cm
  • Largura: 13.5cm
  • Profundidade: 0.6cm