Dalton Trevisan

No dia 14 de junho de 1925, nasce Dalton Trevisan. Em Curitiba, é claro. A mesma Curitiba em que cresce e ganha a fama de “vampiro”. A mesma Curitiba que eternizou em tantos contos — e que, justamente por isso, tem com ele um débito eterno. A mesma Curitiba cheia de mistérios. O próprio escritor é um deles: para se conceber um histórico de Trevisan, é preciso a habilidade das cerzideiras, cosendo retalhos aqui e ali, em uma ou outra reportagem, nas antigas e raras entrevistas. Formado em Direito, exerceu a função de repórter policial e crítico de cinema. Um acidente com o forno de uma olaria, em 1945, quase lhe tira a vida. Trevisan foi internado com fratura de crânio, mas se recuperou para editar, a partir do ano seguinte, a revista Joaquim, que duraria até 1949. Em 1950, o escritor vai para a Europa. Casa-se em 1953, tornando-se pai de duas filhas. Escondeu-se no anonimato para vencer um concurso de contos no Paraná, em 1968. Gosta de filmes de bangue-bangue e de passear pelas ruas da capital paranaense. Já teve livros traduzidos para diversos idiomas, como o inglês, o espanhol e o italiano. Na Hungria, alguns de seus contos inspiraram uma série de TV. No Brasil, alguns textos foram adaptados para o cinema e a TV. Seus livros são editados pela Record desde 1978. Durante anos, seus livros ganharam identidade visual criada pelo artista gráfico Poty. Depois, a parceria mudou: figuras em nanquim do dadaísta alemão George Grosz, resgatadas da Berlim do tempo da república Weimar, dão o tom apocalíptico que os escritos de Trevisan foram assumindo.

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